Transcendendo a discordância por meio de uma identidade comum

Os participantes da audiência pública incluíam (da esquerda para a direita): Erika Kokay, Deputada Federal da Câmara dos Deputados, no Brasil; Luiza Cavalcanti e Renata Bahrampour, membros do escritório bahá’í de assuntos externos do Brasil; e Daiara Tukano, artista indígena e pesquisadora em direitos humanos.

BRASÍLIA, Brasil — Uma recente audiência pública, realizada no Congresso Nacional em Brasília examinou o papel da religião na promoção de uma identidade comum entre as diversas populações do país por meio do reconhecimento da natureza espiritual da humanidade.

Em suas observações de abertura, a Deputada Federal Erika Kokay, da Câmara dos Deputados, enfatizou esta ideia, afirmando: “Negar nossa natureza espiritual é como despedaçar um aspecto fundamental da existência humana”.

A audiência, que foi conjuntamente organizada pelo Escritório Bahá’í de Assuntos Externos e oficiais do governo, e incluiu a participação de um grupo inter-religioso, integrando acadêmicos, comunidades religiosas e organizações da sociedade civil.

Os debates exploraram de que modo os esforços para superar preconceitos profundamente enraizados podem ser fortalecidos pela adoção de princípios espirituais que permitam que as pessoas se vislumbrem como membros de uma única família humana.

Foto em grupo incluindo alguns dos participantes na audiência pública realizada no Congresso Nacional em Brasília, Brasil.

Luiza Cavalcanti, membro do Escritório de Assuntos Externos, asseverou que no âmago das discordâncias em uma sociedade se encontra uma crise de identidade. “Estamos vivendo em um momento decisivo na história humana… um período de crise e transição, turbulento e ao mesmo tempo promissor”, disse ela.

A Sra. Cavalcanti explicou que alguns grupos têm um senso de identidade baseada em identidades limitadas que frequentemente se tornam o fundamento da oposição contra aqueles percebidos como “outros”.

Ela acrescentou que, ao final, tais atitudes são intensificados no âmbito da cultura. “Nós erroneamente presumimos que nosso desafio hoje é aprender a tolerar a cultura dos ‘outros’ e que isto é suficiente”.

O tipo de transformação necessário, afirmou a Sra. Cavalcanti, requer “padrões cooperativos de interação humana … e o estabelecimento de um amplo processo de aprendizagem na nossa sociedade que possibilite a mais e mais pessoas, e comunidades, distinguirem entre aqueles elementos culturais que conduzem ao progresso e aqueles que incitam à opressão e à desintegração.

O estabelecimento de tal processo de aprendizagem, disse ela, exige princípios orientadores da religião, tais como “a resoluta proteção da dignidade humana, a interconectividade que caracteriza a vida no planeta” e justiça e consulta como a base para ação coletiva e tomada de decisão.

A audiência foi parte de esforços mais amplos do Escritório de Assuntos Externos para explorar a questão da justiça social e a transformação da cultura através de uma seção transversal da sociedade brasileira, amplamente por intermédio de fóruns de debates que realiza regularmente.

Bahá’í World News Service. Original em inglês aqui.

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